Estar na linha de frente da pandemia, requer muito esforço físico e psicológico dos servidores da área da saúde que desenvolvem serviços essenciais para esse combate, contudo, os profissionais da comunicação são extremamente importantes também para que a população seja informada. Com mais de 27 anos na área da comunicação, a jornalista Marcela Rosa que possui fala sobre a importância de manter-se sempre atenta aos acontecimentos atuais. “Jornalista de verdade, não desliga nunca. Eu pelo menos nem dormindo paro de pensar. Mortes são reais e chegam muito perto de cada um de nós. Pode sim existir exagero, mas cabe ao consumidor da notícia desligar, trocar de canal ou buscar outra fonte. Ninguém é obrigado a consumir este ou aquele produto jornalístico, mas é mais fácil culpar os jornalistas”, disse a comunicadora, destacando que devido ao trabalho de vários profissionais da imprensa, a sociedade sabe que o vírus é perigoso e está no mundo inteiro, assim divulgar cuidados e prevenção nunca é demais para a jornalista.

Para o jornalista Paulo André Nunes que há 16 anos trabalha no jornal Acrítica, seja em home office ou em redação, todos os dias são captadas informações e enviados textos para publicação. “Sempre preparei minha mente, para que as coisas externas não influenciassem no meu pensamento. Nesse momento de pandemia, lidar com a carga emocional é essencial, sempre devemos ter pensamento positivo, para não entrar pânico e é preciso entender que se você se prevenir, terá mais chance de não pegar o vírus, temos que passar que tudo dará certo”, afirmou.

A imprensa passa por uma fase de ataques à credibilidade jornalística. Rosa comenta que, mesmo em um período conturbado, o jornalismo sério, busca levar a informação para a sociedade, em meios aos acontecimentos. “Vivemos um tempo sombrio. Me entristeço demais todos os dias com a irresponsabilidade dos governantes e autoridades. Com essa pregação do ódio contra artistas, cientistas e jornalistas. É o negacionismo e a violência pregados como se fossem verdades absolutas. Qualquer um que tem opinião contrária é inimigo. A ordem é atacar, desmoralizar, adjetivar de forma baixa e preconceituosa a imprensa como um todo. Sou uma jornalista honesta e trabalho há quase trinta anos sem nunca ter visto um desrespeito como estamos vendo atualmente. Triste, lamentável, preocupante, mas tenho certeza que não vão nos calar jamais”, finalizou a jornalista.