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A luta pelo retorno da obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo


A campanha da PEC do Diploma é uma das prioridades da Federação Nacional dos Jornalistas.

Por Jully Beak 

Da redação portalfalcon.com

Publicado em 28/04/2023


Sete de abril é o dia do Jornalista. Um tema importante para compreender sobre o exercício e a história dessa profissão é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Diploma. Desde 2009, com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), não há a obrigatoriedade do diploma para exercer as atividades do Jornalismo.


A PEC busca a formalização de uma ementa constitucional 206/2012 que tem a proposta de reconstituir a decisão do STF, a qual visa reestabelecer a formação superior do profissional de comunicação social, exigindo o diploma para exercício profissional. Abril é marcado pela manifestação de jornalistas em todos os meios de comunicação, buscando o auxílio de vereadores de brasileiros para dar encaminhamento à ementa.


Hoje, o jornalista tem uma luta constante contra a desinformação, que é desencadeada em suma por profissionais sem formação e conhecimentos adequados. O estudo e a formação na área acadêmica foi uma das pautas abordadas durante o mês pela campanha, em que o apoio a graduação qualificada deve ser uma vertente para um profissional preparado.


O vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Célio Martins, fez seu pronunciamento com relação a pauta. “O jornalista é contratado para um trabalho técnico e intelectual de mediação do conhecimento e do acesso das outras opiniões da esfera pública, um trabalho com ética e ideologia orientado por tal profissional. Para as empresas de notícias, o profissional de Jornalismo é um opinador. Opinião rende menos que a informação dentro do mercado”, disse e enfatizou a postura do jornalista. “A profissão do jornalista compreende privativamente o exercício habitual e remunerado de qualquer e sequentes atividades jornalísticas. É um trabalho a qual requer tempo, dedicação, conhecimento e remuneração. Precisa- se conter qualificação previa, desde que se submetam as regras da constituição”.


A estudante Joyce Silva compartilhou a experiência em cursar Jornalismo. “Na faculdade, podemos aprender questões teóricas, como filosofia, sociologia, política etc. Além das aulas práticas, em que aprendemos a fazer uma matéria para áudio e tv, aprender a escrever matérias em sites, principalmente, agora nesse mundo voltado na internet. Hoje é preciso saber adotar uma nova estratégia de conteúdo, apara acompanhar essa geração de notícias. Houve uma mudança dentro da mídia tradicional. Já vi casos de pessoas que estão na área e propagam notícias falsas sem ter o conhecimento necessário de um profissional. Atualmente, eu faço estágio, produzo conteúdos na internet, fora as aulas da faculdade. É uma rotina muito cansativa, mas apenas por receber mensagens positivas de familiares e conhecidos eu fico muito feliz. Me motivando a trabalhar. Existe também comentários ruins vindo de pessoas que não apoiam a faculdade de jornalismo, e querem atuar sem cursar graduação. Eu sempre digo para fazer faculdade de jornalismo. Nosso trabalho é árduo, uma batalha em que estamos estudando e aprendendo durante quatro anos. Não existe caminho fácil para ser um profissional. É preciso ter ética para ser um jornalista”, compartilhou Silva.


A luta pela PEC do Diploma ainda está em desenvolvimento. São passos a serem construídos com a união dos jornalistas que prezam pela formação dos profissionais do campo da Comunicação.


Edição e supervisão: Professora Vanessa Sena

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